Incentivizing zero- and low-emission vehicles: The magic of feebate programs
Blog
Incentivando veículos de zero e baixa emissão: A mágica dos programas de feebate
Isenção de responsabilidade: O estudo original foi publicado em 8 de junho de 2022 e, desde então, houve alterações no status dos programas de “feebate” apresentados. Na Suécia, o programa foi encerrado após quatro anos, quando a frota de veículos de passageiros atingiu 30% de veículos elétricos, conforme previsto no planeamento do governo local. Na Nova Zelândia, o programa foi descontinuado após a transição governamental em 2023. Ainda assim, registou-se um aumento significativo no número de veículos eléctricos na estrada resultante da sua implementação.
Os programas de feebates, também chamados de programas bônus-malus em algumas regiões, consistem na cobrança de uma taxa adicional na compra de veículos com altas emissões de dióxido de carbono (CO2), e utilização da receita gerada para incentivar a compra de veículos com zero ou baixas emissões de CO2 na forma de um desconto fiscal. Assim, os governos podem ajudar a estimular a transição para veículos com zero ou baixas emissões, ao mesmo tempo que desincentivam a compra de veículos com altas emissões de CO2. Diferentemente dos programas que dependem apenas de incentivos, os feebates podem ser neutros em termos de receita. Desta forma, o que outros governos podem tirar de lição dos feebates com base em CO2 já estabelecidos? Para responder a esta pergunta, vamos dar uma olhada em como os feebates foram implementados para automóveis registrados em junho de 2022 na França, em Singapura, na Suécia e na Nova Zelândia.
A França tem a mais longa experiência com um programa bônus-malus, tendo estabelecido o seu há mais de 14 anos. O programa francês se aplica a automóveis e vans novos e recém-importados, possui valores calculados com base nas emissões de CO2 e, desde 2022, também no peso dos automóveis de passageiros. Tal como mostra a figura abaixo, o bônus para automóveis novos de passageiros com emissões oficiais de CO2 de 0g/km é de € 6.000, enquanto é de € 1.000 para automóveis com emissões até 50g/km. A taxa malus aplica-se a veículos que emitem 128g de CO2/km ou mais e varia entre € 50 e € 40.000. O componente de peso do malus é de € 10 por kg para automóveis com peso entre 1.800kg e 3.500kg, isentando veículos elétricos a bateria (BEV), veículos elétricos a célula de combustível (FCEV) e veículos híbridos plug-in (PHEV) com autonomia elétrica de mais de 50 km. Além dos automóveis novos, aplica-se um bônus de € 1.000 aos compradores de um BEV e FCEV usado com pelo menos dois anos desde o primeiro registro.
(NEDC = Novo Ciclo de Condução Europeu [do inglês New European Driving Cycle], WLTP = Procedimento de Teste Mundial Harmonizado para Veículos Ligeiros [do inglês Worldwide Harmonized Light Vehicles Test Procedure]).
No geral, os feebates podem ser uma medida política crucial na transição para veículos com zero ou baixas emissões. Para os países onde a transição para veículos com emissões zero está em desenvolvimento, como na Suécia, é hora de pensar na próxima fase, como a forma de eliminar gradualmente descontos ou bônus e como lidar com a perda de receitas fiscais sobre combustíveis. Mas até agora, a maioria dos mercados ainda tem um longo caminho a percorrer. Os programas de feebate ou bônus-malus podem certamente ser uma boa opção para chegar a este ponto a um ritmo mais acelerado, ao mesmo tempo que ajudam a estimular a oferta e a procura dos consumidores nestes mercados.
Author
Publicações Relacionadas
A proibição da inclusão de novos ônibus a diesel na frota de ônibus urbanos na cidade de São Paulo é fundamental para atingir as metas de redução de CO2, material particulado e NOx da cidade.